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O dia que vendi minha primeira peça!

Eu lembro como se fosse hoje. O friozinho na barriga, o celular vibrando com a notificação e aquele pensamento automático: “Será que é alguém interessado?”

E era sim. Naquele momento, eu nem imaginava que estava prestes a fazer minha primeira venda no crochê. E embora o valor tenha sido pequeno, pra mim, significou o mundo.


Não era sobre dinheiro. Era sobre algo muito maior: alguém viu o que eu fiz com as mãos, se encantou, e decidiu que aquilo merecia um espaço na vida dela. Era como se dissesse: "Seu trabalho tem valor. Você tem valor."


Um combo de coragem, agulhas e amigurumis

Vida de Crocheteira

Na verdade, não foi só uma peça. Foram oito!!!! Um combo de amigurumis. E mesmo sabendo o quanto aquilo exigia de tempo e esforço, vendi super barato.


Bem abaixo do que valia, pra ser sincera.


Mas sabe por quê? Porque eu queria muito vender. Sabia que, no início, talvez o reconhecimento não viesse com preço justo, mas com a oportunidade de começar.




Quando o cansaço e a alegria se misturam

Fazer oito peças me parece pouco agora, olhando pra trás. Mas naquela época, foi desafiador.


Além daquela encomenda, começaram a aparecer outras junto — e o que era só um pedido virou uma correria só!


Teve dia que eu terminei de crochetar com a mão doendo, com sono atrasado e cabeça cansada. Mas também teve um sentimento novo: "Eu estou fazendo isso acontecer."

Era trabalho sim, mas também era realização. Estava entregando algo feito por mim, do completo zero.


Vida de Crocheteira

O anúncio que abriu a primeira porta

Tudo começou com um post patrocinado no instagram! Era de um kit higiene que eu vendia na época, quando ainda estava entendendo meu caminho dentro do crochê.


Lembro de escolher cada foto, cada palavra da legenda, pensando: "Será que alguém vai se interessar?"


Se interessaram. E dali nasceu a venda que me marcou pra sempre. Não porque entrou dinheiro na conta, mas porque plantou em mim a certeza de que eu podia viver da minha arte.



Vida de Crocheteira

Se tem uma coisa que aprendi com essa primeira venda, é que a gente precisa parar de dizer que é "só um crochezinho".


Ali tinha meu tempo, dedicação, escolhas, amor, erros desfeitos, tentativas diversas.


Não era "só" uma peça. Era uma ideia que com a linha e muito trabalho tomou forma.

A minha arte chegou até o outro. E isso, pra mim, é o que importa.


Se você está começando…

Se você tá lendo isso e ainda não fez sua primeira venda, quero te dizer uma coisa: vai chegar. Vai ser no dia menos esperado, na peça que você achou que ninguém notaria, no post que você quase não publicou.


E quando chegar, não despreze esse momento. Celebre!! Mesmo que venda barato. Mesmo que o trabalho pareça mais do que valeu. Porque cada começo importa. E depois dele, a gente cresce. Aprende a precificar melhor. A se valorizar. A dizer com orgulho: "Eu sou artesã."


Vida de Crocheteira

Hoje, olho pra trás e agradeço

Aquela primeira cliente talvez nem imagine o que ela representou pra mim. Mas foi ela que abriu a porta. Ela que me mostrou que havia espaço no mundo pra minha arte.


E toda vez que alguém compra uma peça hoje, eu lembro daquela sensação: não é só sobre o dinheiro. É sobre saber que o que eu crio tem valor pra alguém além de mim 🤎



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